terça-feira, 26 de junho de 2007

NOTA DE ABERTURA

Poderia começar pelo passado, falar das actuais, ou actual, e passar ás do futuro, mas algo estaria errado, não estou a falar de objectos, falo de sentimentos, para mim o mais complexo de todos, o AMOR, e para ajudar aliado aos seus inseparáveis companheiros, a amizade, os conhecidos, as paixões, os ódios, a indiferença, em suma as cores da vida.
Falarei do meu “grande amor”, falarei dos meus amores platónicos, falarei das minhas assoberbadas paixões, falarei das minhas desilusões, falarei dos meus sonhos, falarei das minhas realidades.
Não irei usar os nomes verdadeiros pois alguns dos textos que aqui vou colocar irão trazer polémica, se forem lidos pelas pessoas envolvidas, e a não ser que fale primeiro com essas pessoas e seja autorizado a usar o nome verdadeiro, terei de preservar o seu anonimato.
Espero que estes textos não sirvam para nada, pois não sou exemplo para ninguém, são desabafos, alguns em forma de lamento, outros de saudade, alguns de tristeza, mas serão todos um bocadinho de mim, e das minhas companhias de viagem neste comboio da vida, umas já saíram, outras estiveram sentadas a meu lado, algumas atrás e outras á minha frente, até eu sair deste comboio, assim espero, ainda mais algumas entrarão, outras irão sair, quem sabe se alguma não voltará a entrar em qualquer apeadeiro mais á frente, mas de uma coisa tenho a certeza, não foram indiferentes para mim e espero ter deixado também alguma lembrança nelas.
Na carruagem onde me encontro agora, está uma confusão imensa, talvez ao escrever sobre este troço da viagem exorcize os sentimentos, e finalmente consiga ter alguém com quem trocar conversa, que não venha a ser “fiada”, a carruagem está bem composta em numero de passageiras algumas conheço melhor, outras são só conhecidas de vista, tenho dividido o meu “olhar” com alguém interessante, ainda não está a meu lado, mas temos conversado cada qual em seu banco, a passageira que estava sentada a meu lado, pôs-se de pé e está perto da porta, certamente quer sair, eu gostaria de conversar mais tempo com ela, mas enquanto esteve no meu banco, pouca conversa fazia comigo, eu falava, falava, falava, mas só ouvia as respostas de circunstância e pouco mais, por isso não estou interessado em a chamar para continuar a viagem, vou deixar seguir o seu rumo, fico com um lugar vago, será que a passageira com quem tenho falado se quer sentar a meu lado para poder-mos ter conversas mais interessantes, conhecermo-nos melhor, quem sabe, numa viagem é assim mesmo quando menos se espera, e as vezes até estamos a olhar lá para fora, para a paisagem e alguém se senta a nosso lado, pode ser uma desconhecida, ou alguém que já conhecemos mas que nunca pensamos que se sentaria a nosso lado, e assim tornar a viagem mais agradável.
Entretanto vou escrevendo estas linhas, espero que se sintam bem ao lê-las, eu neste bocadinho já chorei, já sorri, já parei e fiquei a olhar para o infinito, mas de uma coisa tenho a certeza, fiquei com mais certezas, estou a fazer bem em escrever.

1 comentário:

Mia disse...

Querido Amigo.
Não foste o unico a passar pelas várias emoções que este texto nos faz sentir. Fiquei deveras impressionada com este texto. è limdo e profundo, e muito mais estando um pouquinho "dentro" dele.
Fiquei feliz pela escolha do nome, o outro não fazia sentido, essencialmente quando é algo carregado de tanta emotividade.
Parabéns. Adorei.
Mia