sábado, 30 de junho de 2007

Um Anjo desceu á terra, e apanhou o meu comboio

Hoje (28-06-2007) conheci um anjo. Tive uma chamada para ver as ligações de um video ao tv que a senhora não conseguia fazer, soube de mim através da net, do meu site, algo na sua voz, quando me telefonou, me alertou para alguém "especial", o tom de voz, nem alto nem baixo, algo sofrido, espaçado, algo me disse que estava a falar com alguém que teria uma história, e não estaria bem, no dia seguinte lá fui a sua casa, quando a encarei, senti um baque no meu peito, não sei descrever por outras palavras talvez com receio de estar a dizer algo fora do contexto, não sei se a senhora vai ler este texto, por isso tenho de ter alguma reserva, no entanto depois de se conversar um pouco, verifiquei que tinha razão, não vou entrar em pormenores sobre a conversa nem tampouco os temas abordados, posso dizer que fiquei de tal maneira sensiblizado com a sua história de vida, que não me saíu do pensamento toda a tarde enquanto trabalhava, sinto que estamos nesta terra não só para vivermos a nossa vida, mas também para a partilhar com outros, e neste momento sinto um garnde desejo de poder ajudar no que estiver ao meu alcance, de minorar o sofrimento desta pessoa, de partilhar a sua tristeza pela vida.
Esta passageira da minha viagem, entrou no meu comboio, qual o seu destino, não sei, vai-se sentar a meu lado, á frente, atráz, onde quer que se sente terá a minha atenção, e sempre pode mudar de lugar se achar que deve estar mais perto de mim.
Vou estar atento quando pedir o bilhete ao revisor, até que ponto vai mudar a minha viagem?

terça-feira, 26 de junho de 2007

Sempre o mar

Na vasta imensidão do mar
a tristeza não tem lugar,
nele encontro a serenidade
para o coração acalmar.

NOTA DE ABERTURA

Poderia começar pelo passado, falar das actuais, ou actual, e passar ás do futuro, mas algo estaria errado, não estou a falar de objectos, falo de sentimentos, para mim o mais complexo de todos, o AMOR, e para ajudar aliado aos seus inseparáveis companheiros, a amizade, os conhecidos, as paixões, os ódios, a indiferença, em suma as cores da vida.
Falarei do meu “grande amor”, falarei dos meus amores platónicos, falarei das minhas assoberbadas paixões, falarei das minhas desilusões, falarei dos meus sonhos, falarei das minhas realidades.
Não irei usar os nomes verdadeiros pois alguns dos textos que aqui vou colocar irão trazer polémica, se forem lidos pelas pessoas envolvidas, e a não ser que fale primeiro com essas pessoas e seja autorizado a usar o nome verdadeiro, terei de preservar o seu anonimato.
Espero que estes textos não sirvam para nada, pois não sou exemplo para ninguém, são desabafos, alguns em forma de lamento, outros de saudade, alguns de tristeza, mas serão todos um bocadinho de mim, e das minhas companhias de viagem neste comboio da vida, umas já saíram, outras estiveram sentadas a meu lado, algumas atrás e outras á minha frente, até eu sair deste comboio, assim espero, ainda mais algumas entrarão, outras irão sair, quem sabe se alguma não voltará a entrar em qualquer apeadeiro mais á frente, mas de uma coisa tenho a certeza, não foram indiferentes para mim e espero ter deixado também alguma lembrança nelas.
Na carruagem onde me encontro agora, está uma confusão imensa, talvez ao escrever sobre este troço da viagem exorcize os sentimentos, e finalmente consiga ter alguém com quem trocar conversa, que não venha a ser “fiada”, a carruagem está bem composta em numero de passageiras algumas conheço melhor, outras são só conhecidas de vista, tenho dividido o meu “olhar” com alguém interessante, ainda não está a meu lado, mas temos conversado cada qual em seu banco, a passageira que estava sentada a meu lado, pôs-se de pé e está perto da porta, certamente quer sair, eu gostaria de conversar mais tempo com ela, mas enquanto esteve no meu banco, pouca conversa fazia comigo, eu falava, falava, falava, mas só ouvia as respostas de circunstância e pouco mais, por isso não estou interessado em a chamar para continuar a viagem, vou deixar seguir o seu rumo, fico com um lugar vago, será que a passageira com quem tenho falado se quer sentar a meu lado para poder-mos ter conversas mais interessantes, conhecermo-nos melhor, quem sabe, numa viagem é assim mesmo quando menos se espera, e as vezes até estamos a olhar lá para fora, para a paisagem e alguém se senta a nosso lado, pode ser uma desconhecida, ou alguém que já conhecemos mas que nunca pensamos que se sentaria a nosso lado, e assim tornar a viagem mais agradável.
Entretanto vou escrevendo estas linhas, espero que se sintam bem ao lê-las, eu neste bocadinho já chorei, já sorri, já parei e fiquei a olhar para o infinito, mas de uma coisa tenho a certeza, fiquei com mais certezas, estou a fazer bem em escrever.