quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Como seria um dia de sonho no meu aniversário

Uma querida amiga,
( http://castelodamia.blogspot.com )
por ocasião do seu aniversário fez um desafio aos bloguistas que a visitam, pediu para que dessem:
"Sugestões para um dia de aniversário. "
"O que fariam se o vosso aniversário estivesse para breve?"

Eu participei com o texto descrito em baixo, porquê coloca-lo aqui, no Comboio?
Porque embora seja a descrição de um sonho, envolve pessoas reais que entraram no meu Comboio, poderei mais tarde falar delas, e do sonho..........

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Como seria um dia de sonho no meu aniversário

06H00 - Vestir o fato de treino e fazer uma hora de corrida.

07H00 - Tomo banho e preparo-me para tomar o pequeno almoço0

07H30 - Tomo o pequeno almoço, bacon frito, ovos, salsicha, manga e sumo de abacaxi, no final um café.

08H00 - Vou até Paredes buscar a minha Gata, agradeço á filha, Marta, o ter-se oferecido para tomar conta do café e dar o dia de folga à mâe.

09H30 - Metemo-nos no Polo e vamos até às Terras de Bouro, perto de Amares fica a Quinta do Agrinho, no Parque Natural da Serra do Gerês, faço o chek-in para um Bungalow, acomodamo-nos, como ainda são só 11H00 e o restaurante começa a servir lá para as 12H30, não tenho de puxar muito pela imaginação para ocupar esta hora e meia.

13H30 - Estava tão entretido, não me lembro a fazer o quê????? que nos atrazamos para o almoço, hora e meia era pouco tempo para tanta fome por isso fomos almoçar (bem disfarçado, não?) tinha pensado pedir uma gemada e umas ostras, não sei porquê, veio-me á ideia, mas seria um crime de "lesa magestade" não disfrutar da gastronomia minhota, e então pedimos uns Rojões á moda do Minho, com tudo a que temos direito, rojão com courato, tripa enfarinhada, figado frito, sem sangue, umas batatinhos douradinhas no molho dos rojões, não fritas, e um arrozinho soltinho, um vinho verde de Monção (Alvarinho) pãozinho de milho cozido em forno de lenha e no final uma taça de doce da Avó, café e uma aguardente velha (CR&F).

14H30 - Voltamos ao Bungalow (não pensem asneiras, a vida não é só sexo, embora seja uma grande parte dela, para alguns, talvez, senão a melhor, uma das melhores parte dela)

15H30 - Saímos para passear (repararam na diferença de hora da chega até á saída)Para mim o Gerês é uma das mais bonitas regiôes de portugal, e eu sei o que digo, conheço Portugal desde Vila Real de S.António até Caminha (não disse caminha).
Por entre estradas rodeadas de frondosas arvores, recantos à beira rio deslumbrantes, parques para pequeniques, com vacas de enormes cornos a passear por entre as pessoas, sombras fresquinhas, e como é época baixa, uma sexta-feira (por acaso) sem ninguém por pertoooooooooooo ........ (não pensem asneiras, a vida não é só sexo, embora seja uma grande parte dela, para alguns, talvez, senão a melhor, uma das melhores parte dela) ....................... e depois voltamos ao caminho, até Espanha é um saltinho, retornamos pela Portela do Homem, como já estava a fazer-se tarde passamos por uma daquelas mercearias de aldeia que tem de tudo, e compra-mos um pedaço de presunto, 1 queijo, 2 garrafas de vinho tinto um pão de mistura (sêmea) e voltamos para o Bungalow.

20H30 - Tomamos um bom banho, a dois, demoradoooooooooooo ...(não pensem asneiras, a vida não é só sexo, embora seja uma grande parte dela, para alguns, talvez, senão a melhor, uma das melhores parte dela)......... Acendi a lareira, fatiei o presunto e o queijo, cortei em pedaços o pão, abri o vinho, servi dois copos e aconchegamo-nos junto à lareira, lentamente e quase em silêncio fomos degostando o repasto, estavamos só com os robes vestidos (ainda) o frio era pouco, a lareira aquecia os corpos, a presença da minha Gata aquecia-me o coração e eu sabia que o seu coração também se tinha "incendiado", pois apesar do calor, cada vez mais se aninhava enter as minhas pernas de costas voltadas para mim e de frente para a lareira , naquele fofo tapete de pele de vaca, eu a enlaço com os meus braços cruzando-os sobre o seu peito, sentindo o tic-tac do coração, acelarado, fazendo-me sentir os seios túmidos de mulher por baixo do roupão, .......(não pensem asneiras, a vida não é só sexo, embora seja uma grande parte dela, para alguns, talvez, senão a melhor, uma das melhores parte dela)........
AVISO - A PARTIR DAQUI E ATÉ DE MANHÂ SÓ PARA MAIORES DE 18 ANOS -

09h30 - Sábado - Chegamos a Paredes, vou á mala do carro buscar as malas e reparo numas sacas que a Gata havia colocado no dia anterior, coloco as malas em cima do balcão, e assim que ela repara nelas pede desculpa mas havia se esquecido de me dar o presente, abrir o bolo e beber o chanpanhe, eu digo-lhe: amor, já me deste a maior prende que eu almejava, a oportunidade de te amar e ser amado.
Despedi-me com um longo beijo e promessas....promessas.........dei um beijinho á Marta e como que por encanto ouço um ruído, era o despertador, são 8 horas da manha, tenho de voltar á labuta diária, a eterna luta pela felicidade, só então me apercebo que estou um ano mais velho, e menos tempo tenho de felicidade................


04-05-2007 23:30 (data em que escrevi o original)
( http://castelodamia.blogspot.com/2007_05_01_archive.html )

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Quando a Isaura entrou na minha carruagem, e fomos até á carruagem cama

Na minha juventude passou-se um caso caricato, dá que pensar, pois há uma lição a tirar desta história, PAIS que possam ler esta história verdadeira, como tudo que aqui coloco, parem um pouco para pensar que educação estão a dar aos vossos filhos, nesta caso concreto, filhas, ponderem as consequências do que dizem, e também do que não dizem, pensem o que a criança ou adolescente vai fazer com essa informação ou falta dela !


Morava eu com os meus pais no Porto, em frente á Faculdade de Engenharia, num 3º andar, e como habitualmente a minha mãe mandava-me cerca das 7h00 da manhã buscar o pão a uma padaria ao cimo da rua, era coisa para cerca de 20 minutos, no andar de baixo, 2º, morava uma senhora e a sua filha da minha idade, a mãe era solteira e vivia só com a filha, áquela hora ela já tinha saído para trabalhar e a filha estava sozinha em casa, tínhamos combinado depois de umas brincadeiras mais “picantes” que poderíamos “brincar” mais á vontade pela manhãzinha quando a mãe dela saísse e eu fosse ao pão, tínhamos 17 anos, idade para alguns das descobertas dos sentimentos, namoricos, o prazer de acariciar o corpo, e assim foi durante algum tempo, muitas vezes fui castigado por demorar sem tampouco a minha mãe imaginar o motivo da demora.
O que se passava na cama dela é o motivo deste meu comentário, alem de me ter marcado, pois foi das primeiras vezes em que estive desfrutando da troca de carícias, de uns beijos, etc. como namorada marcou-me pelo caricato da situação em que a Isaura (nome fictício) se colocava.
As brincadeiras foram ao ponto de estarmos nus, ou quase, e já explico, de eu lhe acariciar todo o corpo, ou quase, e ela a mim, o porquê deste “QUASE”, a Isaura não se despia completamente, estão a pensar, não tirava as cuequinhas, preservando assim alguma situação mais ousada, NÃO, estão enganados, não tirava o soutien, nem deixava acariciar o peito, o motivo, a mãe lhe tinha dito as coisas pela metade, não crendo ou não tendo “coragem” de explicar á filha como se engravida, só tinha dito: “nunca deixes os teus namorados andarem a mexer-te nas maminhas, não me apareças em casa grávida”.
LIÇÃO A TIRAR
Se não fosse o meu sentido de responsabilidade, poderia ter tido relações sexuais plenas e até engravidado a Isaura, que para ela não corria o risco de engravidar, e a grande responsável, seria a própria mãe.
Esta passageira entretanto saíu do meu comboio, ficamos amigos ainda algum tempo,até que nos perdemos de vista, a mais ou menos 3 meses encontrei-a precisamente perto das nossas antigas casas, estivemos a conversar, a mãe dela entretanto morrera, ela tinha casado e divorciado, tinha uma filha, é claro que nos rimos deste episódio da adolescência, e mais uma vez agradecida por eu ter tido a cabeça no lugar e não ter alterado a vida dela duma maneira que pelo menos não contava, disse-me, Américo a minha filha está bem esclarecida quanto a este assunto, não cairá na asneira que eu podia ter caído, despedimo-nos, e se querem saber nem os números de telefone trocamos, continua perdida, fora do meu comboio.

sábado, 30 de junho de 2007

Um Anjo desceu á terra, e apanhou o meu comboio

Hoje (28-06-2007) conheci um anjo. Tive uma chamada para ver as ligações de um video ao tv que a senhora não conseguia fazer, soube de mim através da net, do meu site, algo na sua voz, quando me telefonou, me alertou para alguém "especial", o tom de voz, nem alto nem baixo, algo sofrido, espaçado, algo me disse que estava a falar com alguém que teria uma história, e não estaria bem, no dia seguinte lá fui a sua casa, quando a encarei, senti um baque no meu peito, não sei descrever por outras palavras talvez com receio de estar a dizer algo fora do contexto, não sei se a senhora vai ler este texto, por isso tenho de ter alguma reserva, no entanto depois de se conversar um pouco, verifiquei que tinha razão, não vou entrar em pormenores sobre a conversa nem tampouco os temas abordados, posso dizer que fiquei de tal maneira sensiblizado com a sua história de vida, que não me saíu do pensamento toda a tarde enquanto trabalhava, sinto que estamos nesta terra não só para vivermos a nossa vida, mas também para a partilhar com outros, e neste momento sinto um garnde desejo de poder ajudar no que estiver ao meu alcance, de minorar o sofrimento desta pessoa, de partilhar a sua tristeza pela vida.
Esta passageira da minha viagem, entrou no meu comboio, qual o seu destino, não sei, vai-se sentar a meu lado, á frente, atráz, onde quer que se sente terá a minha atenção, e sempre pode mudar de lugar se achar que deve estar mais perto de mim.
Vou estar atento quando pedir o bilhete ao revisor, até que ponto vai mudar a minha viagem?

terça-feira, 26 de junho de 2007

Sempre o mar

Na vasta imensidão do mar
a tristeza não tem lugar,
nele encontro a serenidade
para o coração acalmar.

NOTA DE ABERTURA

Poderia começar pelo passado, falar das actuais, ou actual, e passar ás do futuro, mas algo estaria errado, não estou a falar de objectos, falo de sentimentos, para mim o mais complexo de todos, o AMOR, e para ajudar aliado aos seus inseparáveis companheiros, a amizade, os conhecidos, as paixões, os ódios, a indiferença, em suma as cores da vida.
Falarei do meu “grande amor”, falarei dos meus amores platónicos, falarei das minhas assoberbadas paixões, falarei das minhas desilusões, falarei dos meus sonhos, falarei das minhas realidades.
Não irei usar os nomes verdadeiros pois alguns dos textos que aqui vou colocar irão trazer polémica, se forem lidos pelas pessoas envolvidas, e a não ser que fale primeiro com essas pessoas e seja autorizado a usar o nome verdadeiro, terei de preservar o seu anonimato.
Espero que estes textos não sirvam para nada, pois não sou exemplo para ninguém, são desabafos, alguns em forma de lamento, outros de saudade, alguns de tristeza, mas serão todos um bocadinho de mim, e das minhas companhias de viagem neste comboio da vida, umas já saíram, outras estiveram sentadas a meu lado, algumas atrás e outras á minha frente, até eu sair deste comboio, assim espero, ainda mais algumas entrarão, outras irão sair, quem sabe se alguma não voltará a entrar em qualquer apeadeiro mais á frente, mas de uma coisa tenho a certeza, não foram indiferentes para mim e espero ter deixado também alguma lembrança nelas.
Na carruagem onde me encontro agora, está uma confusão imensa, talvez ao escrever sobre este troço da viagem exorcize os sentimentos, e finalmente consiga ter alguém com quem trocar conversa, que não venha a ser “fiada”, a carruagem está bem composta em numero de passageiras algumas conheço melhor, outras são só conhecidas de vista, tenho dividido o meu “olhar” com alguém interessante, ainda não está a meu lado, mas temos conversado cada qual em seu banco, a passageira que estava sentada a meu lado, pôs-se de pé e está perto da porta, certamente quer sair, eu gostaria de conversar mais tempo com ela, mas enquanto esteve no meu banco, pouca conversa fazia comigo, eu falava, falava, falava, mas só ouvia as respostas de circunstância e pouco mais, por isso não estou interessado em a chamar para continuar a viagem, vou deixar seguir o seu rumo, fico com um lugar vago, será que a passageira com quem tenho falado se quer sentar a meu lado para poder-mos ter conversas mais interessantes, conhecermo-nos melhor, quem sabe, numa viagem é assim mesmo quando menos se espera, e as vezes até estamos a olhar lá para fora, para a paisagem e alguém se senta a nosso lado, pode ser uma desconhecida, ou alguém que já conhecemos mas que nunca pensamos que se sentaria a nosso lado, e assim tornar a viagem mais agradável.
Entretanto vou escrevendo estas linhas, espero que se sintam bem ao lê-las, eu neste bocadinho já chorei, já sorri, já parei e fiquei a olhar para o infinito, mas de uma coisa tenho a certeza, fiquei com mais certezas, estou a fazer bem em escrever.